Um dos maiores nomes do cubismo ganha retrospectiva em Paris

Como parte do 40º aniversário do Centro Pompidou-Metz, a exposição Fernand Léger: Le Beau est partout (A beleza está em todo lugar, em tradução literal) homenageia o caráter multidisciplinar do artista francês.
Pintor da vida da cidade e moderna, que celebrou as profundas mudanças de seu tempo, a retrospectiva, que retrata um artista curioso, multidisciplinar e fascinado pelo seu tempo, acontece até 30 de outubro.
Reunindo uma centena de grandes obras, este evento explora as ligações de suas pinturas com poesia e cinema, mas também arquitetura, circo e artes cênicas, através de colaborações artísticas.
O trabalho de Léger está diretamente ligado com nomes como George Braques, Pablo Picasso e Tarsila do Amaral, que frequentou seu ateliê entre os anos de 1923 e 1924, na capital francesa.

Trata-se de uma excursão temática que retrata sua incansável busca de reinventar a pintura, tornando-a para fora do quadro, procurando conciliar a necessidade de uma nova linguagem visual para uma dimensão verdadeiramente popular.
A exposição revela as diferentes facetas de seu trabalho e mostra o homem que ele era, o teórico da pintura, professor incansável na oficina que formará muitos artistas, dotado o viajante uma sensação de observação, o artista comprometido com o progresso social e democratização cultural.

O destaque está na imagem precoce e mecânica de Léger, através de suas máquinas-homem, uma espécie de prenúncio da cultura cibernética e mecatrônica contemporânea, onde as distinções entre o corpo e o ambiente de trabalho desfocam a densidade do excesso de velocidade das redes.
Quando olhamos para as obras de Fernand Léger com novos olhos, vemos que ele procurou expressar o ruído, o dinamismo e a velocidade da nova maquinaria de tecnologia em que ele e nós nos encontramos imersos.